Açores - Ilha do Faial
Pelos caminhos e estradas do Faial, uma profusão de hortênsias traz para terra os tons
do mar e materializa o namoro entre o azul floral e o verde da vegetação e das pastagens, fazendo jus ao epíteto de Ilha Azul. Mas, tudo muda no Vulcão dos Capelinhos, na paisagem árida e agreste da mais jovem península vulcânica da Europa, onde os cinzentos também deslum...
Açores - Ilha do Faial
Pelos caminhos e estradas do Faial, uma profusão de hortênsias traz para terra os tons
do mar e materializa o namoro entre o azul floral e o verde da vegetação e das pastagens, fazendo jus ao epíteto de Ilha Azul. Mas, tudo muda no Vulcão dos Capelinhos, na paisagem árida e agreste da mais jovem península vulcânica da Europa, onde os cinzentos também deslumbram.
A ilha do Faial está separada da ilha do Pico por um estreito braço de mar de 4,5 milhas náuticas de largura, conhecido por Canal do Faial. Reza a lenda que o primeiro habitante da ilha foi um eremita que nela se refugiou do mundo. No século XV, Josse van Hurtere, flamengo de posses, desembarcou no Faial então habitado por desanimados povoadores portugueses que procuravam filões de estanho e prata que não existiam. Com uma perspectiva diferente, van Hurtere percebeu o potencial fértil da ilha e rapidamente obteve carta de donatário da mesma, bem como direito de importar mão-de-obra. Assim, em 1468, começaram a chegar colonos da Flandres que se viriam a fixar, primeiro no lugar dos Flamengos e mais tarde, na cidade da Horta. Até 1860, a posição privilegiada no Atlântico e a oferta de porto abrigado era um enorme atractivo para os navios do comércio da laranja e para os baleeiros americanos, que ali vinham reabastecer. No início do século XX, com a conclusão do Observatório Meteorológico na Horta, o Faial ganha ainda maior pujança. A aviação militar começa a aproveitar a posição privilegiada da ilha para escala dos primeiros hidroaviões que cruzavam o Atlântico, logo após a primeira Guerra Mundial. Nas décadas seguintes, também as principais companhias aéreas comerciais escolheram a Baía da Horta como local de amaragem dos seus aviões do mar.
Hoje, o Faial é uma ilha com clima suave, mas com uma agitada atmosfera internacional, sendo a Horta a mais animada e cosmopolita cidade açoreana. É um paraíso para os velejadores com os seus elegantes iates que procuram abrigo na Marina, um gin no Peter's Café Sport e uma lembrança pintada na parede do cais, que traga boa sorte às suas viagens cruzando o Atlântico.
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